Foi descoberta uma nova espécie de rã, em Nova Iorque
Imagine que passeia ao início da noite pelo jardim do Campo Grande em Lisboa ou no Parque da Cidade do Porto (ou noutro grande jardim do país, obviamente) e no meio de um coaxar ruidoso deteta um som fora do comum. Não exclua a hipótese de se tratar de uma nova espécie de batráquio. Foi o que aconteceu em Nova Iorque. Sim, foi descoberta uma nova espécie animal numa das maiores e mais densamente povoadas cidades do mundo.
As suspeitas já se arrastavam desde 2012, quando investigadores da Rutgers University de Nova Jérsia (EUA) identificaram um som diferente na população de batráquios que vive na zona do estádio dos New York Yankees, como conta a Wired. Perceberam tratar-se de uma rã-leopardo, mas só agora foi possível determinar, com exatidão, de que se trata de uma nova espécie.
O estudo genético confirmou a existência de uma nova espécie de rã-leopardo. Esta certeza foi reforçada pela análise do coaxar da rã, um elemento distintivo de todas as espécies de sapos e rãs: cada uma tem um cantar único. A análise do espetro sonoro do coaxar da agora designada rã-leopardo da costa atlântica, cruzada com a genética, foi determinante para classificar esta nova espécie — é com estes dois parâmetros que se distinguem os milhares de espécies de batráquios conhecidos.
A maioria das rãs e sapos identificados pela ciência vive nas florestas tropicais, mas esta é mais uma prova das muitas espécies de animais (e vegetais) que ainda estão por descobrir. E algumas delas podem estar a viver mesmo à nossa porta.
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