Filhos podem ser influenciados por genes de parceiros antigos!
Já ouviu falar em Telegonia?
A ideia não é nova. O filósofo Aristóteles, que viveu no século 4 a.C, defendia que os homens com quem uma mulher dormiu antes de dar à luz influenciam as características físicas dos seus filhos futuros.
Não foi o único. Schopenhauer e Herbert Spencer achavam esta teoria da telegonia muito credível, até porque a mitologia grega já a defendia. O nascimento dos deuses obedecia muitas vezes ao princípio de dois progenitores masculinos.
Os cientistas do País de Gales chegaram a uma conclusão semelhante. Mas apenas testada e provada na mosca da fruta.
Se é extensível ao ser humano isso é outra história.
Nesta experiência, o tamanho do recém-nascido foi determinado pelo tamanho do primeiro macho com quem a fêmea mosca dormiu. Provou-se também que este teve maior influência nas características finais do novo ser do que o segundo macho com quem a fêmea dormiu.
Esta é a primeira vez que se prova a telegonia no reino animal. De acordo com esta descoberta, as moléculas do sémen do primeiro macho são absorvidas pelos óvulos ainda imaturos da mulher, que serão fertilizados mais tarde. “Percebemos agora que as características familiares não são influenciadas apenas pelos genes que passam de pais para os filhos”, explica a cientista Angela Crean. “Há mecanismos que nada têm a ver com a genética e que são herdados, influenciando as características da criança. Só não sabemos se isso se aplica a outras espécies.”
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