O homem que viveu 256 anos
Li Ching-Yun se exercitava todos os dias e se alimentava em horários regulares
O chinês Li Ching-Yuen, também conhecido como Li Ching-Yun, possivelmente foi o homem que viveu mais tempo na Terra, chegando aos 256 anos. Ao longo da vida, perdeu 23 esposas e supera de longe a francesa Jeanne Calment que morreu com 122 anos e 164 dias, considerada a pessoa que mais viveu.
Li-Ching era de Qi Jiang Xian, na província de Szechuan, e de acordo com alguns registros, o chinês nasceu em 1677. Sobre a longevidade de Yun, descobriram que ele era um médico especialista em ervas medicinais, mestre de qigong e consultor tático. Dizia que o segredo para uma vida longa é manter o coração calmo, sentar como uma tartaruga, andar alegre como um pombo e dormir como um cão. A frase jamais foi esquecida por Wu Pei-Fu, um senhor da guerra chinês que teve grande influência no país entre 1916 e 1927.
Li despertou a paixão por colher ervas com apenas dez anos. À época, já tinha viajado para Kansu, Tibet, Annam, Sian e Manchúria. Pouco tempo depois, emigrou para Kai Hsien, onde conheceu mestres de renome do taoísmo que lhe ensinaram a alquimia interna, o chi kung e a arte secreta de como usar ervas para se manter saudável e alcançar a longevidade. Na fase adulta, após se tornar um mestre das ervas e das artes marciais, começou a comercializar as plantas que coletava. Com 71 anos, se juntou ao Exército Provincial do comandante Yeuh Jong Chyi, assumindo a função de professor de artes marciais e conselheiro tático.
Em 1933, ao retornar a sua terra natal, Li-Ching morreu de causas naturais, então o general Yang designou uma equipe para investigar o passado do homem. Yeun dizia ter nascido em 1734, ou seja, teria vivido 199 anos. Entretanto, uma equipe de pesquisadores da Universidade Minkuo encontrou registros de que Li nasceu em 1677. As principais provas são os documentos do Governo Imperial Chinês o parabenizando pelos aniversários de 150 e 200 anos. Em depoimentos de pessoas que conheceram Yuen também ficou claro que ele aparentava ter menos de 70 anos.
Investigações confirmaram ainda que Li não consumia bebida alcoólica e nem fumava. Fazia refeições em horários regulares e tomava um suco a base da fruta goji que é abundante em aminoácidos. Entre outros hábitos, o chinês dormia cedo e acordava cedo todos os dias. Nâo passava um dia sem praticar exercícios físicos e também meditava muito, chegando a ficar horas sem se mover, com os olhos fechados e as mãos no colo.
Cientistas explicaram mais tarde que a meditação reduzia o envelhecimento natural do cérebro de Yuen, impedindo o encolhimento cerebral. Trata-se de uma mudança mental que diminui os efeitos do estresse, depressão e ansiedade.
Referências: New York Times, Revista Time e Four Winds.
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