A mulher descobriu a situação quando tentou ver a sua casa no Street View da Google e se deparou com uma imagem em que estava sentada em frente à porta e debruçada para a frente, pelo que o decote mostrou mais do que era suposto. Refira-se que o rosto da canadiana estava desfocado, mas ela acabou por ser identificada pelos colegas de trabalho, uma vez que o seu carro estava estacionado à porta e tinha a matrícula visível.

Segundo o Ars Technica, a mulher queixou-se logo em 2009 às autoridades canadianas e à Google, mas a empresa não deu resposta. Em 2011, ela avançou com uma queixa oficial, solicitando que fossem desfocados mais detalhes da imagem e pedindo uma indemnização de cerca de 36 mil euros pela depressão que sofreu quando os colegas do banco em que trabalhava começaram a gozar com ela.

Em tribunal, a Google referiu que nunca recebeu a carta, mas concordou em desfocar mais partes da imagem, recusando-se, no entanto, a pagar a indemnização. A queixosa baixou o pedido para 5600 euros e o juiz acabou por atribuir-lhe um valor de 1800 euros, argumentando que, embora a Google não seja responsável pelos comentários maliciosos feitos à mulher, as pessoas não abdicam dos seus direitos à privacidade apenas por estarem em locais onde podem ser vistas.